Ainda que na Colômbia tenha coexistido uma série de guerrilhas ao longo dos últimos cinquenta anos, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC-EP) e o Exército de Libertação Nacional (ELN) foram e continuam sendo as grandes expressões do movimento insurgente armado. As duas guerrilhas lançaram no último domingo, 31, um comunicado conjunto que torna publica a decisão de "construir caminhos de unidade", com o objetivo de "fortalecer um bloco popular revolucionário".
Não é a primeira vez que FARC e ELN tentam uma aliança. Em 1987, por exemplo, criou-se a Coordenação Guerrilheira Simón Bolívar, espaço de unidade entre FARC, ELN e outras expressões. A tentativa durou pouco mais de três anos. Ambas as guerrilhas surgiram no início da década de 1960 e lutam por uma Colômbia socialista, porém, divergências teóricas e operacionais não possibilitaram uma unidade guerrilheira duradoura. Em certos momentos chegaram até a se enfrentar em combates.
Com este comunicado, a ordem volta a ser a unidade, "com o firme propósito de construir caminhos baseados na justiça e na liberdade plena dos povos, convencidos que outro mundo é possível, a "pátria socialista", informam as lideranças máximas das FARC e do ELN.
Nos diálogos de paz em Havana, Cuba, estão sentadas à mesa apenas FARC e governo colombiano. "Ao que parece, o governo quer negociar com as FARC e depois passar ao ELN como se tudo já estivesse resolvido. Olha com desdém ao ELN", analisa o cientista político Francisco Tolosa.
Abaixo, a reprodução do comunicado:
O secretariado das FARC-EP e o comando central do ELN informam à popoluação araucana e ao oriente colombiano, à opinião nacional e internacional, que:
1. Os comandos nacionais (Secretariado FARC-EP, COCE ELN) e comandantes do BCJB- FARC-EP e FGO CMVC do ELN, informam ao povo e comunidade em geral do Oriente Colombiano que avaliamos o pós-conflito e projetamos aspectos comuns de identidade e unidade revolucionária.
Conscientes de nosso dever histórico e convencidos que a "unidade é parte da vitória", nos reunimos em um ambiente de camaradagem e alto nível político, com o firme propósito de construir caminhos baseados na justíça e na liberdade plena dos povos, convencidos que outro mundo é possível, "a pátria socialista".
2. Chamamos aos combatentes, militantes, acumulados revolucionários das duas forças a assumir com lealdade e decisão o espírito unitário Bolivariano dos nossos comandantes Manuel Marulanda Vélez e Manuel Pérez Martínez, transformando a dor em força; o desafio de hoje é fortalecer o Bloco Popular Revolucionário, para confrontar decididamente os grandes oligopólios, o capital transnacional e o imperialismo.
Estimulamos a homens e mulheres patriotas, democratas e progressistas da América Latina e do Mundo a ser Bloco na práxis para construir caminhos de unidade.
3. Finalmente, o movimento político que vive no departamento de Arauca e o Oriente colombiano convoca todos a refletir sobre da situação econômica e social gerada pela presença de companhias multinacionais e as ambições desmedidas e apetite voraz do setor de mineiração e energia, que levou a região à gigantesca militarização que padecemos, rompendo o equilíbrio ambiental e a tranquilidade de toda a sociedade. Por esses motivos, é imperativa a UNIDADE para enfrentar esta ameaça contra o povo. A soberania nacional e a autodeterminação dos povos serão nossa bandeira.
Colômbia para os trabalhadores. Nem um passo atrás... Liberação ou Morte!!!
Abrindo caminhos para a nova Colômbia!!!
Montanhas, selvas e savanas do oriente colombiano.
Fonte: Colômbia em Marcha - Abrindo caminhos para a nova Colômbia!
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Não é a primeira vez que FARC e ELN tentam uma aliança. Em 1987, por exemplo, criou-se a Coordenação Guerrilheira Simón Bolívar, espaço de unidade entre FARC, ELN e outras expressões. A tentativa durou pouco mais de três anos. Ambas as guerrilhas surgiram no início da década de 1960 e lutam por uma Colômbia socialista, porém, divergências teóricas e operacionais não possibilitaram uma unidade guerrilheira duradoura. Em certos momentos chegaram até a se enfrentar em combates.
Com este comunicado, a ordem volta a ser a unidade, "com o firme propósito de construir caminhos baseados na justiça e na liberdade plena dos povos, convencidos que outro mundo é possível, a "pátria socialista", informam as lideranças máximas das FARC e do ELN.
Nos diálogos de paz em Havana, Cuba, estão sentadas à mesa apenas FARC e governo colombiano. "Ao que parece, o governo quer negociar com as FARC e depois passar ao ELN como se tudo já estivesse resolvido. Olha com desdém ao ELN", analisa o cientista político Francisco Tolosa.
Abaixo, a reprodução do comunicado:
O secretariado das FARC-EP e o comando central do ELN informam à popoluação araucana e ao oriente colombiano, à opinião nacional e internacional, que:
1. Os comandos nacionais (Secretariado FARC-EP, COCE ELN) e comandantes do BCJB- FARC-EP e FGO CMVC do ELN, informam ao povo e comunidade em geral do Oriente Colombiano que avaliamos o pós-conflito e projetamos aspectos comuns de identidade e unidade revolucionária.
Conscientes de nosso dever histórico e convencidos que a "unidade é parte da vitória", nos reunimos em um ambiente de camaradagem e alto nível político, com o firme propósito de construir caminhos baseados na justíça e na liberdade plena dos povos, convencidos que outro mundo é possível, "a pátria socialista".
2. Chamamos aos combatentes, militantes, acumulados revolucionários das duas forças a assumir com lealdade e decisão o espírito unitário Bolivariano dos nossos comandantes Manuel Marulanda Vélez e Manuel Pérez Martínez, transformando a dor em força; o desafio de hoje é fortalecer o Bloco Popular Revolucionário, para confrontar decididamente os grandes oligopólios, o capital transnacional e o imperialismo.
Estimulamos a homens e mulheres patriotas, democratas e progressistas da América Latina e do Mundo a ser Bloco na práxis para construir caminhos de unidade.
3. Finalmente, o movimento político que vive no departamento de Arauca e o Oriente colombiano convoca todos a refletir sobre da situação econômica e social gerada pela presença de companhias multinacionais e as ambições desmedidas e apetite voraz do setor de mineiração e energia, que levou a região à gigantesca militarização que padecemos, rompendo o equilíbrio ambiental e a tranquilidade de toda a sociedade. Por esses motivos, é imperativa a UNIDADE para enfrentar esta ameaça contra o povo. A soberania nacional e a autodeterminação dos povos serão nossa bandeira.
Colômbia para os trabalhadores. Nem um passo atrás... Liberação ou Morte!!!
Abrindo caminhos para a nova Colômbia!!!
Montanhas, selvas e savanas do oriente colombiano.
Fonte: Colômbia em Marcha - Abrindo caminhos para a nova Colômbia!
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